Nessa quarta-feira, 22, o Sindguardas/RN se reuniu com o Conselho Estadual de Direitos Humanos para conversar sobre os perseguições e assédios contra os guardas civis municipais de Mossoró. Esses casos têm acontecido em decorrência da luta da categoria por valorização.
Durante a conversa, a direção do sindicato ressaltou que o prefeito Allyson Bezerra retirou uma proposta que havia sido acordada com os guardas civis municipais, surpreendendo a todos, e desde então não houve mais diálogo. Por esse motivo, os GCMs iniciaram uma série de mobilizações junto com o Sindguardas/RN.
A partir daí, a gestão municipal, ao invés de retomar o diálogo, adotou postura autoritária e desrespeitosa, afirmando, por exemplo, que não conversaria nem receberia o Sindguardas/RN, que legitimamente representa a categoria.
Nas últimas semanas, foram registrados casos de perseguições diretas ao diretor Héber Monteiro, que é GCM em Mossoró, e outros guardas que estiveram na luta. Um exemplo foi a abertura de sindicância com suspensão do GCM Monteiro e mais dois colegas. Após o processo, porém, ficou comprovado que se tratavam de acusações falsas. Dois GCMs alvo da sindicância voltaram ao serviço operacional, mas o diretor do sindicato permaneceu afastado.
Além disso, todos os guardas civis municipais que participaram ativamente dos atos organizados pelo Sindguardas/RN ou que fizeram críticas públicas à gestão acabaram sendo remanejados sem nenhuma justificativa plausível.
Diante das situações registradas após as mobilizações, a diretoria do sindicato procurou o Conselho Estadual no início deste mês para relatar as violações aos direitos humanos constatadas em Mossoró.
Na reunião dessa quarta, Héber Monteiro, o presidente do Sindguardas/RN, Alexsandro Sales, e o advogado Joaquim Teixeira, assessor Jurídico em Mossoró, pediram apoio do Conselho Estadual de Direitos Humanos e Cidadania.
O presidente do COEDHUCI, José Vanilson Torres da Silva, declarou total apoio a causa dos GCMs de Mossoró afirmando, junto com outros diretores do Conselho, que irá apurar os fatos, pois situações como as que foram relatadas ferem a dignidade humana.
Ao final foi deliberado que dois integrantes do COEDHUCI serão relatores responsáveis para acompanhar as situações de perseguições e assédio moral, dentre outras.
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