O relator da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara, deputado Samuel Moreira (PSDB), não deu ouvidos à pressão popular ao apresentar nesta terça-feira (02/7) seu parecer final.
Depois de muita negociação sob pressão dos mais diversos setores da sociedade, prevaleceu a influência de tradicionais grupos políticos. Os podres poderes continuam fazendo do Planalto as suas Casas Grandes, mantendo a classe trabalhadora sob o domínio da escravidão. Para isso, têm serviçais que mediante o pagamento de recompensas cuidam de capturar os direitos trabalhistas e sociais conquistados ao longo de muitas batalhas.
A nova versão de reforma da Previdência ignora o grito de guardas municipais do Brasil inteiro. “As alterações promovidas pelo Deputado Samuel Moreira em seu relatório, além de não contemplar os guardas municipais, juntamente com as demais carreiras da Segurança Pública na regra da aposentadoria policial pela atividade de risco, traz uma vedação, impedindo que os entes federados legislem sobre regra diferenciada referente à aposentadoria por periculosidade”, explica a Nota publicada pela Federação Nacional de Sindicatos dos Guardas Municipais – (FenaGUARDAS).
É preciso estar atendo e forte para reverter esse ataque do governo Bolsonaro contra os guardas municipais. “Vamos para a votação dos destaques na comissão e, em caso contrário, iremos para articulação da votação em plenário, mas a mobilização da categoria neste momento é fundamental para virar o jogo”, acrescenta a diretoria da Fenaguardas.
Durante os protestos desta terça em Brasília o presidente do Sindguardas/RN, Souza Júnior, alertou para as traições do governo Bolsonaro e do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, em toda essa negociação. “Tenho certeza que neste momento está em nossas mãos a reforma da Previdência do jeito que deve ser para os operadores da segurança no Brasil”, finalizou, afirmando que só a luta pode mudar essa situação e garantir a aposentadoria especial dos guardas municipais.
Deixe um comentário