Reforma trabalhista impõe novos desafios aos sindicatos e seus trabalhadores

No dia 11 de novembro próximo entra em vigor a nova legislação trabalhista brasileira, resultado da recente reforma encaminhada pelo governo Temer e aprovada pelo Congresso nacional.

A nova lei altera mais de 100 pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), fragilizando as relações trabalhistas e precarizando ainda mais o trabalho.

Ao invés de gerar mais emprego, como afirmou o governo e os empresários, a reforma trabalhista já está produzindo seu efeito destruidor. Um exemplo disso é o fim da contribuição sindical obrigatória que está causando grande alvoroço em muitos sindicatos. Diante da perda da principal fonte de financiamento, grande parte dessas entidades sindicais estão demitindo trabalhadores e trabalhadoras que, historicamente, ajudaram a construir o movimento e suas lutas.

Os quase 12 mil sindicatos de trabalhadores(as) atualmente no Brasil empregam 117,6 mil pessoas com carteira assinada, de acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Muitos desses(as) empregados(as) estão convivendo com a ameaça do desemprego.

MUITOS DESAFIOS

Entre outros desafios impostos pela reforma trabalhista estão a negociação direta entre patrão e empregado, sem a presença do sindicato, e a não obrigatoriedade das homologações das rescisões pela entidade sindical, submetendo muitos dos nossos direitos ao poder de pressão do empregador.

Mais do que nunca, é preciso o(a) trabalhador(a) se conscientizar sobre a necessidade de fortalecer ainda mais os sindicatos através da sindicalização. Essa é a saída para retomar o caminho da luta junto com o seu sindicato e enfrentar o poder dos governos e dos patrões.

As reuniões por local de trabalho e as assembleias são espaços onde as diversas categorias discutem e decidem sobre os encaminhamentos da luta. Isso só é possível por conta dos sindicalizados. Além de garantir as mobilizações, o dinheiro da contribuição de cada um é utilizado para pagar as despesas com aluguel, telefone, água, luz, transporte, salários de funcionários(as), material de expediente, jornais e boletins, assessorias jurídica e de comunicação.

Não esqueça que os patrões estão cada vez mais organizados. Eles sabem a importância da união para defender seus interesses. Daí, a luta histórica da classe trabalhadora pela redução da jornada, por melhores salários e condições de trabalho decentes. Vamos continuar firmes e fortalecidos na luta de sempre.


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