Mossoró: “A prefeita Rosalba não tem tido compromisso com a segurança do município”, diz presidente do Sindguardas/RN.

Terça-feira (15/9) o presidente do Sindguardas/RN, Souza Júnior, foi entrevistado pelo programa Cenário Político do canal TCM 10. Durante a conversa o representante do nosso sindicato afirmou que a prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini, não tem atendido satisfatoriamente a pauta de reivindicação dos guardas municipais, demonstrando que não há compromisso da atual gestão com a segurança do município.

“É verdade que neste momento o Plano de Carreira está sendo cumprido, mas o básico de se cumprir um Plano de Carreira é uma obrigação, não é nenhum favor. Além disso, reivindicações como porte de arma de fogo ainda não foram atendidas, essa é uma luta antiga que já vem desde gestões passadas e continua sendo ignorada”. Ele explica que o porte de arma de fogo é uma condição para se trabalhar, hoje é considerada um equipamento de proteção individual e que não tem como enfrentar a criminalidade com um pedaço de pau, não. “Essa é a realidade da segurança pública em Mossoró”.

Souza aponta que recentemente houve uma reforma na sede da Guarda Municipal que passou a apresentar problemas, a exemplo da copa e o portão para entrada dos carros que não funcionam. São problemas aparentemente pequenos, mas que prejudicam o serviço da os guardas municipais no exercício da profissão.

Ele destaca a importância da participação da população na construção de uma segurança pública melhor. “Esse processo se dá através do Conselho Municipal de Segurança Pública, que existe, mas não é executado. Queremos que esse conselho seja efetivado”.

A respeito do diálogo com a gestão Souza informou que após a mudança do secretário de segurança houve mais espaço para conversar. “Mas não queremos só conversa e sim efetividade, queremos que as coisas aconteçam”. Neste caso, ele dá o exemplo da emenda parlamentar no valor de R$ 100.000,00 encaminhada pelo deputado federal General Girão e destinada para a compra de arma de fogo. “Mas há um obstáculo, pois ainda não temos o porte de arma regulamentado. Hoje, o ponto chave da nossa discussão é a condição de trabalho para que o guarda municipal possa atender melhor a população de Mossoró, pois a categoria está atuando com a coragem e a vontade de trabalhar”.

O representante dos guardas municipais diz que há muita propaganda nas questões de segurança pública. “Já estamos numa situação limite e não podemos ficar calados. Nós, os trabalhadores, estamos indo à Brasília em busca de recursos para poder ter condições de trabalhar porque a prefeitura não faz o seu papel”.

Souza Júnior esclarece que há um debate sobre reestruturação da segurança pública no Brasil, que passa pela redistribuição de competências das polícias e envolve a necessidade de uma integração. “A Guarda Municipal inclui-se nesse debate como polícia municipal, para isso tem que assumir algumas tarefas, um compromisso com as camadas mais excluídas da sociedade. A guarda municipal foi criada para cuidar dos mais humildes, dos que mais precisam dela”. Na sua avaliação, as bases ou unidades operacionais fixas nos bairros até devem existir, mas para isso precisa que tenham estrutura mínima de apoio e viaturas fazendo o patrulhamento em toda a comunidade.


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