Viva o Dia Internacional dos Trabalhadores!

I Conferência internacional dos trabalhadores, ocorrida no ano de 1864
A origem do 1º de Maio está diretamente ligada à luta pela redução da jornada de trabalho. Estudos do saudoso Vito Giannotti apontam que durante a I Conferência internacional dos trabalhadores, ocorrida no ano de 1864 em Londres, os 50 presentes decidiram que a luta central seria pela redução da jornada de trabalho. Vinte anos depois em Chicago, nos Estados Unidos, aconteceu uma greve geral pelas 8 horas. “A repressão dos patrões e seu governo foi violentíssima. Quase mil feridos, cinco líderes foram condenados à forca”, lembrou Giannotti.
As históricas batalhas do passado não foram em vão. Em 1920 a Organização Internacional do Trabalho (OIT), criada após a I Guerra Mundial, recomendou a jornada de 8 horas em todos os países. Aos poucos, muitas outras Leis Trabalhistas, como o descanso aos domingos, férias, licença maternidade, aposentadoria, Previdência Social, salário mínimo, foram sendo conquistadas.
Vale lembrar que todas essas conquistas, a exemplo da redução da jornada de trabalho, foram obras dos próprios trabalhadores. Desde as primeiras formas de organização no final do século XIX, até os dias atuais com os sindicatos, foram muitas lutas de resistência contra toda forma de opressão e exploração. Entre o início do século XX e o ano de 1920 foram mais de 400 greves organizadas pela classe operária.
Por isso, todo 1º de Maio, trabalhadores do mundo inteiro vão às ruas para lembrar a memorável greve de 1886 em Chicago. Uma luta que continua presente, diariamente, na cidade e no campo.
No Brasil, a classe trabalhadora vive um momento de crise em meio à pandemia do coronavírus e de medidas que desregulamentam o trabalho, rebaixam salários, retiram direitos trabalhistas e sociais conquistados há mais de cem anos.
Nossos maiores desafios neste momento de pandemia é garantir que nós trabalhadores tenhamos o direito de viver, e isso passa por uma série de medidas, como o isolamento social e as condições sanitárias para o exercício das nossas atividades. Passada essa situação emergencial da pandemia do novo Coronavírus é necessário uma grande luta para a manutenção dos nossos direitos conquistados com muita luta ao longo dos anos”, afirma Souza Júnior, presidente do Sindguardas/RN.
Ele avalia que a situação dos guardas municipais é ainda mais séria porque estão na linha de frente no combate ao Covid-19. “Daí, a necessidade imperiosa de lutarmos fortemente contra medidas que venham retirar conquistas históricas, como por exemplo a proibição do cumprimento dos planos de carreiras construídos com muitas lutas e muito suor ao longo de muitos anos”, diz.
Souza também aponta a atual situação de crise institucional do país, “onde temos um presidente da República totalmente despreparado e destemperado, gerando crise em cima de crise, colocando em cheque a nossa jovem democracia”.

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